Apesar do esforço do juíz da 1ª Vara Cível da Comarca de Anchieta (ES) para uma conciliação, a empresa Samarco não apresentou proposta para o pagamento das ações movidas pelos pescadores artesanais da região. Concessionária de porto no município, a multinacional não responde apenas pela recente tragédia de Mariana (MG).
Na cidade capixaba, onde promove beneficiamento de minérios antes embarcá-los para exportação, é processada por danos devido a dragagens no Terminal Marítimo de Ponta de Ubu e inovações em usina de pelotização no município de Anchieta (ES). O resultado foi a paralisação da atividade pesqueira para centenas de profissionais.
“A Samarco argumenta que a situação que a empresa passa neste momento faz com que priorize as ações de Mariana e as suas vítimas, mas seguiremos adiante para garantir o ressarcimento aos pescadores”, afirma Emerson Gomes, advogado da Pugliese e Gomes Advocacia e responsável pelas ações.
Em audiência realizada no último dia 22 de março ficou acertado que as partes, conforme sugestão da Comarca, estabelecerão tratativas para acelerar o rito dos processos, fazendo com que as sentenças cheguem no menor tempo possível. “São várias ações com a mesma causa contra a Samarco que tramitam na 1ª Vara da Comarca de Anchieta e um possível acordo refletirá em todas”, afirma Gomes.