‘Violência contra a sociedade’ – por Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC

0
82

A recente onda de atentados a prédios de instalações públicas ilustra mais uma vez os riscos a que estão expostos todos os catarinenses e atemoriza sobremaneira os comerciantes de micro, pequeno e médio porte em função da escalada de violência. Já são pelo menos cinco grandes ondas de ataques desde 2012, sendo contabilizadas 52 ocorrências na mais recente. Os estabelecimentos comerciais têm mercadorias, dinheiro vivo ou cheques – e isso é tudo o que precisam os assaltantes, que agem com violência contra os proprietários e seus familiares.

O pequeno varejo tem limitações na autoproteção e por isso são tão suscetíveis, em especial nas menores cidades. Na periferia dos grandes centros urbanos muitos pontos de venda já trabalham com grades durante o dia e cerram as portas tão logo anoitece. Perderam a conta de quantas vezes foram assaltados, mesmo instaladas câmaras de segurança nestes locais. Estas atitudes defensivas tornam o comerciante e seus colaboradores verdadeiros prisioneiros enquanto a violência grassa pelas ruas.

Atemorizar o varejo impacta ainda na vida de toda a sociedade, que precisa de produtos e serviços ou trabalha na comercialização destes bens. Perplexa, a população deixa de ir às compras e por isso não é demais afirmar que a violência impacta instantânea e, a médio prazo, paralisa a economia das cidades. Não podemos ficar calados ou inertes diante de tamanha ousadia. Precisamos que o governo redobre seus esforços na oferta de policiamento ostensivo, além de preparar e equipar a polícia investigativa, ampliando, assim, os sistemas de vigilância em áreas públicas.

Em paralelo a comunidade empresarial deve reforçar a pressão junto aos parlamentares federais para que promovam reformas no código penal. É preciso revisar também as leis que definem como as penas serão cumpridas, impedindo que estendam benefícios a quadrilheiros reincidentes. Nossa mobilização é um esforço pela vida dos cidadãos de bem.

DEIXE UMA RESPOSTA