Considerado um problema de abrangência nacional, a questão da saúde e, principalmente, dos ambientes relacionados ao setor são a tônica do IV Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (CBDEH), iniciado na última quarta-feira (27) na sede da Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis. Considerado o maior evento sul-americano do segmento, o encontro tem o objetivo de apresentar soluções unindo poder público e todos os profissionais envolvidos no desenvolvimento de edifícios hospitalares.
Citando recente pesquisa do instituto Datafolha, realizada em 134 municípios em junho, Emerson da Silva, presidente do Congresso, destacou que a principal preocupação das pessoas hoje é com a saúde pública. No sudeste do país, 28% da população diz que o problema que mais afeta a vida dos brasileiros é a saúde, enquanto nas outras regiões este percentual aumenta – 31% no norte e centro-oeste, 35% no nordeste e 38% no sul. Para mudar esse cenário, debater o setor e apresentar alternativas mais de 500 profissionais seguem entre hoje e amanhã intensa programação que inclui palestras e conferências com especialistas nacionais e internacionais de planejamento, construção e gestão de espaços de saúde. “A segurança do paciente inicia antes do desenho do projeto, passa por sua execução e segue até o momento do atendimento do paciente”, afima Maria Angela da Paz, representante da Anvisa no evento.
Fábio Bitencourt, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), entidade promotora do evento, destacou a importância do debate e a responsabilidade dos envolvidos nos processos de saúde. “Dentro da realidade brasileira escolhemos um tema ambicioso. Apesar de parecer um sonho, a excelência nos ambientes de saúde é nossa meta e procuramos as melhores soluções para trazer qualidade e, principalmente, conforto humano”.
Com muito humor e uma pitada de ironia, o jornalista e escritor Eduardo Bueno apresentou para um auditório lotado uma aula magna sobre a história do primeiro hospital no Brasil. Intercalando com dados históricos e muitas brincadeiras, Peninha, como é conhecido, mostrou como a falta de planejamento interfere desde aquela época no atendimento ao paciente. A noite terminou com uma bela homenagem ao engenheiro Salim Lamha, por sua contribuição à frente da ABDEH e a todo o setor que envolve os ambientes hospitalares.
