Zé Dassilva e HQs: paixão desde e para sempre

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    O 30 de janeiro é o Dia do Quadrinho Nacional, em homenagem à primeira publicação de uma HQ no Brasil, por Angelo Agostini, na revista Vida Fluminense, no remoto ano de 1869. Para marcar a data, entrevistamos Zé Dassilva, 45 anos, catarinense de Criciúma, graduado em Jornalismo na UFSC. Roteirista da TV Globo há quase 20 anos, chargista do Diário Catarinense há 21 anos, escritor, ilustrador, entre outros talentos. E, é claro, um fã inveterado das HQs!

    Qual foi a primeira HQ que lhe impactou?

    Zé Dassilva – Foi a revista “Heróis da TV” número 12, com histórias de super-heróis da Marvel. Eu tinha seis anos e já lia e fazia meus próprios gibis em casa, mas essa revista marcou época. Tanto é que a tenho até hoje.

     

    Que papel as HQs podem ter na formação de leitores?

    Zé Dassilva – Como ocorreu comigo, acredito que as HQs podem ser os primeiros passos para adquirir o hábito da leitura, pois a ilustração auxilia a avançar no texto. Muita gente defende isso, mas há um ponto que pouco se fala: as HQs também colaboram para desenvolver o gosto pelas artes.

     

    O que ainda lês de HQs e o que deves ler sempre?

    Zé Dassilva – Tenho lido obras autorais em que os artistas narram nas HQs as experiências de suas próprias vidas. Neste estilo, gosto de Joe Sacco (que faz reportagem em quadrinhos, contando suas andanças por países em conflito), Alison Bechdel (que teve relançado no Brasil o livro “Fun Home”), Margaux Motin (francesa que fez “Placas Tectônicas”) e ainda Craig Thompson, Chester Brown, entre outros. Dos brasileiros, tem Laerte sempre e, para indicar alguém mais jovem, o Felipe Parucci lançou o seu “Já era”.

     

    Existe alguma história que gostaria de contar em quadrinhos?

    Zé Dassilva – Eu sempre penso em fazer um livro de quadrinhos, mas os trabalhos como roteirista de TV e chargista de jornal me ocupam quase totalmente. Já fiz uma série de tirinhas chamada “Minha Vidinha”, que saía no “Diário Catarinense”. Foram quase 500 tirinhas, qualquer dia eu junto isso tudo num livro!

     

    Foto: Marco Favero