Guinter Parschalk, referência em iluminação, faz palestra na Capital

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Evento promovido pela seccional catarinense da AsBEA

 

    Foi em um momento de crise no Brasil que o arquiteto Guinter Parschalk começou a trabalhar com iluminação, há 25 anos. Era 1990 e o país acabava de viver o confisco das poupanças pelo então presidente Fernando Collor de Mello e empresas que investiam em arquitetura frearam os investimentos. Neste momento, ele, que já havia trabalhado com criação, produção e venda de luminárias, decidiu entrar neste mercado. Hoje é lighting designer, trabalha com projetos de iluminação e é referência no assunto em todo o mundo.

    Para contar um pouco desta experiência e falar sobre a luz como a primeira impressão da arquitetura Guinter Parschalk esteve em Florianópolis, na tarde do último dia 24 de setembro, como parte da programação do seminário “Iluminação e tecnologia para arquitetura”, promovido pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, regional Santa Catarina (AsBEA/SC).

     O arquiteto mostrou projetos residenciais, comerciais, corporativos, institucionais e de eventos temporários para demonstrar que a luz é uma ferramenta pela qual toda a distinção visual existe. “A luz caracteriza espaços, desvenda mistérios, orienta, informa, associa informação, gera valor. A gente entra ou vai embora de um lugar se está legal, e isso é luz”, explica ele, reiterando que a arquitetura não é showroom de luminárias.

    Segundo Parschalk, os projetos de iluminação precisam caminhar em paralelo com os demais, pois a luz não é complementar. “A arquitetura está adquirindo uma complexidade tão grande que será preciso buscar equipes multidisciplinares para a concepção dos projetos”, considera.

 

Patrimônio histórico

 

    Arquiteta Marina Makowiecky, diretora da Allume Arquitetura de Iluminação, apresentou e falou das dificuldades de execução do projeto luminotécnico do Museu da Escola Catarinense, imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico, finalizado em 2013. “Todo o projeto deve ser aprovado pela Sephan, que tem regras de conservação destas construções. É mais difícil de fazer, mas ao mesmo tempo uma satisfação enorme ver o trabalho pronto e conservado”, explica ela, que coordenou o evento.

    Sobre o seminário, Marina faz uma avaliação positiva. “Tivemos inscrições esgotadas e estamos felizes pela procura e por poder difundir a importância da iluminação nos projetos de arquitetura. O público estava realmente interessado em aprender sobre o assunto”, considera.

  O evento contou ainda com palestras sobre a qualidade da luz do LED (Light Emitting Diode), a desmistificação da complexidade dos sistemas de automação. “A iluminação é um assunto curioso e um mercado sempre cheio de novidades. Foi uma experiência bastante positiva”, considera Eduard Nardi, coordenador do Grupo de Trabalho de Interiores.

    O seminário teve patrocínio da Schneider Electric, da Itaim Iluminação, da Save Energy, distribuidora exclusiva da Soraa no Brasil, e da Stecanela.

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