Na palestra ministrada na última quinta-feira (29) por Maria Pilar Martins Diez Arantes, na CDL de Florianópolis, os participantes fizeram uma imersão nos principais aspectos que envolvem a iluminação em uma loja, desde os tipos adequados de lâmpadas, os efeitos estéticos para valorizar os produtos, até o correto descarte. De acordo com a arquiteta, uma das maiores experts em projetos de design de interiores para estabelecimentos de grandes shoppings catarinenses, a luminosidade interfere em três pontos essenciais: decisão de compra, consumo de energia e responsabilidade ambiental.
“Um erro muito comum, por exemplo, é não utilizar a temperatura de cor certa. Alguns ambientes são brancos, claros demais, e não é o perfil do público. Outras, por sua vez, são muito amarelas. Também existem locais extremamente iluminados, outros escuros. Ou seja, muitos lojistas não compreendem a importância da luz ideal para o resultado das suas vendas e isso é compreensível, pois é um estudo especializado e é preciso ter o apoio profissional.”, explica.
Outro aspecto importante é a economia de energia elétrica, já que a iluminação adequada proporciona um gasto menor. Com os graves problemas de abastecimento enfrentados em grande parte do Brasil, essa é uma responsabilidade do governo e de toda a sociedade. No entanto, alguns empresários acham que economizar significa comprar produtos baratos, o que acaba sendo um péssimo custo x benefício. “Como as lojas usam várias lâmpadas, a tendência é escolher pelo preço. No entanto, ao longo do ano acaba sendo uma furada, pois além da má qualidade de luz, de reprodução de cores e de eficiência energética, terão pouca durabilidade.”, alerta a arquiteta.
Também existe a questão ambiental e todos os aspectos desde a fabricação, até o descarte. Algumas lâmpadas têm processo fabril mais poluente, como as fluorescentes, que contaminam o lençol freático. Já as lâmpadas de LED contém componentes recicláveis. “O lojista precisa saber quais produtos poluem menos e os que serão mais bem aproveitados na reciclagem. Conhecendo essas informações básicas e tendo consciência, será possível fazer a melhor escolha.”, ensina Maria Pilar.
Ao fim do evento, os participantes levaram um questionário para aplicar em seus estabelecimentos. “São vários pontos que os comerciantes normalmente desconhecem e que interferem na decisão do cliente, desde a luz certa para a entrada, para os provadores, para os produtos em exposição e no ambiente como um todo.”, comenta a empresária Maristela dos Reis, proprietária de uma loja de aluguel de fantasias no Estreito. “Ao promover essa palestra, a CDL de Florianópolis ajuda a instrumentalizar o lojista, através dos tópicos abordados, a ele mesmo poder fazer uma avaliação prévia sobre como está a iluminação em seu ponto de venda, tendo o conhecimento do que deverá ser feito para melhorar. Caso contrário, ele nunca saberia.”, complementa Maristela.
