É notório que o transporte de passageiros vive uma crise sem precedentes há no mínimo três anos. Problemas como a segurança nas estradas, a falta de critérios na fiscalização, a altíssima carga tributária e os entraves na mobilidade urbana de diversas cidades somam-se ao risco cada vez maior de empresas fecharem suas portas ou, no mínimo, demitir ainda mais colaboradores. Tudo será discutido durante o 6º Encontro da Associação das Empresas de Transporte Turístico e Fretamento de Santa Catarina (Aettusc), entre 16 e 18 de junho, no Laguna Tourist Hotel, em Laguna.
O consenso entre membros do setor é de que o cenário é grave. “Somente em 2015 o quadro de funcionários das empresas catarinenses foi reduzido em média 30%”, alerta Heins Waldemar Parey, novo presidente da entidade eleito no fim de maio, sucedendo Nilton Pacheco, que agora assume a vice-presidência.
Soluções para a mobilidade urbana nos municípios de médio e grande porte do estado, os frequentes assaltos nas estradas e a alta tributação do setor, entre outros assuntos, estarão na pauta do evento. “Teremos representantes de todos os segmentos, não somente das empresas”, afirma Parey, ressaltando a participação de profissionais do Departamento de Transportes e Terminais (Deter), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Polícia Rodoviária Federal, para citar alguns exemplos.
Fretamento– A regularização do serviço de fretamento como alternativa para a locomoção será um dos principais temas, já que são poucos os municípios que incluem a modalidade em seus planejamentos. Conforme Pacheco, “cada ônibus representa em média 21 automóveis a menos nas ruas e utilizaria os corredores exclusivos que deveriam ser implantados o mais rápido possível. Queremos também apontar novos rumos neste sentido com este evento”.
