FCDL/SC pede revisão das concessões de rodovias federais no Estado

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A concessão de quatro importantes rodovias federais em Santa Catarina foi discutida nesta segunda-feira (15), em Brasília, pela frente empresarial da qual faz parte a Federação das CDLs de SC (FCDL/SC). Os empresários pedem que o processo seja interrompido e os projetos de concessão revistos, com a possibilidade de ampliar as rodovias no novo modelo. O comércio varejista está preocupado com a infraestrutura de transportes para o escoamento da produção do oeste catarinense.

 

A primeira reunião foi no Ministério dos Transportes, onde a comitiva foi recebida por Dino Antunes Batista, secretário de Fomento para Ações de Transportes. A promessa é de que os pleitos serão avaliados e uma posição do Ministério deve ser divulgada em um prazo de até 20 dias. Por fim, foi feito o convite para que o assunto também seja tratado em Santa Catarina.

 

Na sequência, o mesmo tema foi abordado na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. Quem recebeu o presidente da FCDL/SC e a frente catarinense foi Marcelo Bruto da Costa Correia, um dos diretores da agência, que se mostrou receptivo e disse que levaria o pleito adiante.

 

A principal ligação debatida foi a Rodovia do Frango, que tem aproximadamente 400 km de traçado – unindo as BR-476, 153, 282 e 480, entre as cidades de Lapa (PR) e Chapecó (SC). A preocupação é que a produção catarinense fica desviada para o estado vizinho, desprestigiando os portos de Santa Catarina.

 

Outro ponto é o fato de que três trechos fundamentais para o escoamento da produção, sobretudo agrícola, estão fora do pacote de concessões previsto pelo Ministério dos Transportes e, com isso, podem ficar sem receber melhorias a curto e médio prazo. É o caso das BRs 282 (no trecho entre São Miguel do Oeste e Chapecó), da 163 (entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira), e da BR-153, entre Irani e o Rio Grande do Sul.

 

Além disso, o grupo tratou da necessidade de retomada no ritmo de obras da duplicação da BR-470, no Vale do Itajaí. Os canteiros ficaram paralisados no final do ano passado e só agora teve a movimentação parcialmente retomada, mas em velocidade aquém do esperado pelos empresários.

 

Para Ivan Tauffer, presidente da FCDL/SC, o modelo de concessão desenhado pelo Ministério dos Transportes agrava a economia catarinense. “No desenho proposto, deixaremos de ser competitivos e por isso solicitamos que o governo federal reveja a proposta o quanto antes”, avalia Tauffer.

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