Tributo a um mestre

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    Olívio Lamas, um dos maiores nomes da fotografia brasileira, faria 72 anos hoje. “O mais repórter dos fotógrafos”, como o defini, em uma entrevista concedida no dia de sua morte, deixou grandes lições profissionais e foi o meu melhor colega de trabalho, em 19 anos de parceria no Jornal do Brasil e na revista Globo Rural, entre outros veículos.

    Crítico, bem-humorado e solidário, Lamas acumulou prêmios e reconhecimentos em um trajetória profissional de 50 anos, que incluiu Zero Hora, Folha da Tarde, O Globo e coberturas como Copa do Mundo, Fórmula 1, grandes espetáculos e episódios políticos e sociais.

    Era um “self-made man” – começou como office-boy, tendo dormido enrolado em jornais da oficina de impressão da RBS nas primeiras semanas de trabalho. No final da carreira, mereceria um título de doutor honoris causa em fotojornalismo. Também ensinou a muitos colegas e deixou um séquito de pupilos e incontáveis amigos.

    Sua figura era incomparável, quase sempre com o chapéu de “Indiana Jones”, a barba grande e a voz rouca, repleto de histórias e projetos. Partiu em 23 de junho de 2007, vítima de câncer.

     

    Por Carlos Stegemann

    Fotos: Carlos Pereira/Olívio Lamas