Media training: aliado dos porta-vozes

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    Existe um item que mais, muito mais do que qualquer produto de limpeza, é o verdadeiro responsável pelo branco total: o microfone! E se tiver uma câmera filmando, temos a mistura ideal para o verdadeiro e poderoso branco mental. É impressionante, mas muitas pessoas sabem o conteúdo, se expressam bem, são comunicativas no dia a dia, mas ao dar uma entrevista elas simplesmente travam. É uma situação desesperadora, ainda mais se a entrevista for ao vivo.

    Esse é um medo legítimo, afinal, são milhares ou até mesmo milhões de pessoas que estarão assistindo. É uma mega exposição, sem dúvida, ainda mais quando falamos em televisão, quando a nossa imagem e tudo o que fazemos fica em evidência. Só que em alguns casos isso se torna ainda mais crítico, como para os porta-vozes, pois eles falam em nome de uma determinada entidade ou empresa. Se eles não estiverem muito bem preparados, não somente a credibilidade deles, mas de toda a organização, será colocada em cheque.

    Para aperfeiçoar a habilidade de se relacionar com a imprensa e aprimorar a comunicação na hora das entrevistas – seja para rádio, jornal, televisão e demais veículos – existem cursos de media training. A pessoa aprende a se portar adequadamente em diferentes situações: entrevistas ao vivo, entrevistas gravadas, entrevistas em estúdio, debates e tantas outras situações. Cada veículo tem a sua particularidade e é essencial saber extrair o melhor proveito de cada momento. E são detalhes que fazem a diferença: como segurar o microfone, qual a roupa adequada, para quem olhar, como fugir das perguntas capciosas, quando ser objetivo na resposta ou aprofundar o tema etc. Tudo isso pode – e deve! – ser treinado.

    O que não pode acontecer, e infelizmente vejo inúmeros casos, são porta-vozes de empresas, pessoas públicas e políticos completamente ineptos ao dar entrevistas. Alguns, inclusive, acham que não é necessário ter a preparação prévia e que basta improvisar. Como consequência do despreparo, na hora da entrevista erram dados, passam informações incorretas, gaguejam e acabam sendo completos desastres. E, novamente, não somente a credibilidade deles, mas de toda uma instituição, será questionada. Cada segundo na mídia é precioso e desperdiçar esse tempo por falta de preparo é uma total irresponsabilidade. E, nestes casos, infelizmente o microfone e a câmera continuarão dando o branco total.

    Por Juliana Germann