Temporada começa melhor do que o esperado para bares e restaurantes de SC

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O início da temporada de verão está melhor do que o esperado para a maioria dos empresários do setor de bares e restaurantes do litoral catarinense. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) de Santa Catarina aponta que 47,5% dos entrevistados avaliam que o fluxo de clientes foi superior ao ano passado. No entanto, esse bom desempenho não se confirmou entre os empresários da Grande Florianópolis, já que apenas 25% tiveram aumento. A pesquisa entrevistou empresários do setor de bares e restaurantes e avaliou o período entre os dias 20 de dezembro e 1º de janeiro.

“O setor percebeu que houve mudança na origem do turista, redução de turistas estrangeiros, em especial os argentinos, nosso principal emissor, e aumento do turista doméstico, destaque para os paulistas e catarinenses do interior. “Percebeu-se que a perda de poder  aquisitivo, em função da crise, teve grande impacto na redução do gasto médio dos consumidores”, avalia Raphael Dabdab, presidente da Abrasel em Santa Catarina. Além disso, questões a piora na mobilidade urbana foi destaque negativo em todas as regiões pesquisadas.

Consequência disso é a redução no valor gasto nos bares e restaurantes catarinenses. Para 68,5% dos empresários o gasto médio foi igual ou inferior à temporada passada, que já não havia sido boa. Em Florianópolis esta redução foi ainda maior, onde 83% dos entrevistados de avaliaram que o gasto médio foi igual ou menor do que no ano passado.

Em Florianópolis, apesar de ter sido a região que se destacou com a melhora nos serviços públicos de segurança, fornecimento de água e energia elétrica, além da infraestrutura das praias, o desempenho foi pior tanto em fluxo quanto no gasto médio. Pesaram fatores como mudança do perfil do consumidor e a maior presença de ambulantes ilegais.

“Apesar de Santa Catarina ter recebido um bom fluxo de turistas, que que impactou de forma positiva o fluxo de clientes, a mudança de perfil repercutiu negativamente no gasto médio”, comenta o presidente. Esse efeito foi sentido com maior intensidade na Capital.

Serviços públicos – Foram avaliados quesitos como a infraestrutura das praias, trânsito, segurança e fornecimento de água, energia e saneamento. O destaque positivo na pesquisa foi a segurança pública (33,9% consideraram melhor), enquanto a mobilidade foi considerada o tema mais preocupante, conforme apontado por 63,8%, que consideraram pior do que no ano passado.

Contratação X Comércio Ilegal – Em média cada estabelecimento contratou 6,4 temporários para a temporada, comprovando que o setor é um grande gerador de empregos, porém poderia ter sido maior, haja visto que 24% dos empresários não realizaram contratações para o período. Entre os fatores, de acordo com Dabdab, estão o grande volume de comércio ambulante ilegal de alimentos e bebidas. A pesquisa revelou que para 78,8% a presença de ambulantes ilegais foi maior ou igual ao ano passado. “Além de concorrência desleal, ocasionam a redução de empregos formais”, pondera.

Expectativas – O empresário do setor está otimista para o restante da temporada (59,8% considera que a temporada deve ser melhor do que no ano anterior). A exceção fica por conta da região litoral central e Florianópolis ilha, onde apenas 40% e 45% dos entrevistados considera que deva ser melhor.

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