Temporada ruim para bares e restaurantes de Santa Catarina

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BRASIL SABOR 2015_SANTA CATARINA_FOTOS SERGIO VIGNES

Os resultados desta temporada para os proprietários de bares e restaurantes catarinenses confirmam dados divulgados previamente em janeiro deste ano, aponta a segunda etapa da pesquisa de satisfação realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel SC) em estabelecimentos de todo o litoral. Para 70,31% dos empresários, o movimento foi muito pior ou pior em relação ao mesmo período em 2016. Apenas 3,91% consideram que esse desempenho foi muito melhor em 2017, com aumento superior a 15%. O gasto médio dos clientes teve redução para 57,03% dos empreendedores questionados nesse verão. Para 27,34% o tíquete foi igual e 15,62% disseram que esse valor foi mais alto.
A pesquisa foi realizada por meio da parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina, em trabalho coordenado pelo professor Tiago Savi Mondo, do Grupo de Pesquisa em Gestão do Turismo da instituição de ensino. A gerente executiva da entidade, Andréa Alberti, também participou do trabalho.
Para o presidente da Abrasel SC, Raphael Dabdab, o desempenho ratifica o panorama registrado após o Natal e Réveillon. “No início de 2017, os números já estavam bem abaixo do ano passado, houve queda no número de clientes para 72,2% dos entrevistados, e isso se manteve. Outros fatores que influenciaram foram a indefinição sobre o funcionamento dos beach clubs em Jurerê Internacional, a dúvida sobre a realização do Réveillon, a ausência dos feriados de Natal e Ano Novo, cancelamento de voos charters internacionais para o Estado, além da queda no poder aquisitivo dos consumidores e no número de paulistas”, acrescenta Dabdab.
Os turistas de São Paulo representaram 28,44% do total nesse verão. A maior parte dos visitantes brasileiros veio do Rio Grande do Sul (32,11%). Os argentinos novamente fizeram a diferença no movimento, com 85,59% dos estrangeiros vindos da América do Sul, conforme o estudo.
Serviços como trânsito, segurança, fornecimento de água, energia e saneamento, ao contrário do observado em anos anteriores, não tiveram graves problemas para a maior parte dos consultados. Já a presença de ambulantes ilegais na vizinhança, não aumentou, mas também não diminuiu para 44% dos empreendedores. Para o restante de 2017, a perspectiva é de que o movimento seja pior ou muito pior do que o último ano para 43,31% dos ouvidos. Mesmo com o cenário pessimista, mais da metade dos empresários que participaram da iniciativa pretendem fazer novos investimentos até dezembro, a maioria em serviços no próprio estabelecimento.

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