Provas de salvamento aquático movimentam a Capital

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Remada com pranchão e corrida com nadadeira são provas desconhecidas da maioria do público, mas que fazem parte da Seletiva Regional de Salvamento Aquático da Grande Florianópolis do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, que acontecerá neste sábado (27). Além destas duas modalidades que serão disputadas a partir das 8h na praia de Jurerê Internacional, outras duas provas em piscina acontecem a partir das 14h no Centro de Ensino Bombeiro Militar na Trindade: 50 metros reboque de manequim e 100 metros reboque de manequim com nadadeira. No total, 73 inscritos no masculino e feminino concorrem nas categorias open e master por divisão de idades.

 

O evento da Grande Florianópolis encerrará o ciclo de quatro regionais com etapas também no Sul (Tubarão), Norte (Itajaí) e Oeste (São Miguel do Oeste). As seletivas foram promovidas e organizadas pelo coronel Gustavo Campos, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. Essa foi a primeira vez que as quatro regionais foram realizadas e elas servem de classificação para a Seletiva Catarinense de Salvamento Aquático, no dia 1 de outubro, em Florianópolis. Os campeões catarinenses, por sua vez, terão vaga garantida no Campeonato Sul-americano de Salvamento Aquático – Sobrasa Rescue 2016 -, nos dias 11 e 12 de novembro, também na Capital, juntamente com o Seminário Nacional dos Bombeiros (Senabom).

 

De acordo com o cabo Noé Medeiros Batista, instrutor de equipes e membro da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), Santa Catarina foi o estado pioneiro nesta iniciativa. “Fomos ao Campeonato Mundial em 2014 e percebemos que para montar uma equipe forte era necessário ter essas etapas preparatórias municipais antes de ir para o Brasileiro. Até então participava do Brasileiro quem quisesse e as fases regionais ajudaram a qualificar o nível dos participantes”, conta o cabo.

 

divemaster Ricardo Branco, especialista em mergulho livre de alto desempenho e professor de apneia, foi convidado pelo cabo Noé para ajudar na preparação para o evento. “Muitas pessoas fazem treinamento de apneia para obter melhor desempenho nas suas modalidades, sendo primordial aos guarda-vidas que trabalham na praia. Ao fazer o salvamento a pessoa pode se deparar com uma situação de mar revolto e terá que segurar a respiração repentinamente por um tempo indeterminado”, explica Branco.

 

No caso das provas dos bombeiros, existem modalidades como os 100 metros reboque de manequim com nadadeira, onde o participante nada submerso por quase 60 metros, e o revezamento medley, quando um dos atletas faz 50 metros debaixo d´água em explosão. “Além de contribuir muito para o condicionamento físico, cada vez mais a apneia é usada por atletas de alto nível para ampliar a capacidade respiratória. E embora no Brasil a cultura ainda seja pequena quanto à importância da apneia, aos poucos as pessoas estão adquirindo a consciência dos benefícios deste treinamento para a qualidade de vida”, finaliza o treinador patrocinado pela Hammerhead, empresa de artigos esportivos do ex-nadador Fernando Scherer.

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