Seminário da AsBEA/SC discute projetos sustentáveis para indústrias

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Evento em Joinville debateu relação entre a arquitetura e o meio ambiente

 

    O empenho para que projetos de fábricas levem em consideração temas como sustentabilidade, conforto dos trabalhadores, aliados ainda à responsabilidade social e ao plano diretor das cidades é um compromisso que deve ser assumido pelos arquitetos. Este tema permeou as discussões do seminário ‘A Nova Arquitetura Industrial’, realizado pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura, regional Santa Catarina (AsBEA/SC), na última quarta-feira (29), em Joinville, um dos principais polos industriais do país, com 1,6 mil empresas.

   Muito mais do que grandes criações arquitetônicas focadas em conceitos estéticos, as indústrias precisam apostar na funcionalidade dos edifícios, e, especialmente, aliar princípios da bioarquitetura à necessidade de cada cliente. “Construir fábricas sustentáveis, em harmonia com a natureza, com baixo impacto ambiental e custos operacionais reduzidos é o foco da LoebCapote. Por isso trouxe projetos que podem se tornar exemplo para as instalações de Santa Catarina, referência nacional em indústria”, explica Luis Capote, sócio do escritório, fundado há 50 anos e que trabalha com gerenciamento de projetos.

    A questão da sustentabilidade deve começar a ser debatida ainda na fase de projetos e da aquisição do terreno onde será implantada a empresa. “É preciso edificar uma fábrica com a meta de melhorar e viabilizar o negócio. Hoje, por exemplo, a gestão da energia elétrica é crucial para os empreendimentos. É necessário equilíbrio entre o custo operacional, a melhoria do desempenho do negócio e a satisfação e o conforto do usuário”, considera David Douek, diretor de Desenvolvimento da OTEC, empresa focada em desempenho, eficiência e sustentabilidade.

 

Case General Motors

    A OTEC foi responsável pelo projeto da fábrica de motores da General Motors em Joinville, que recebeu a certificação Leed Gold, o principal selo de construção sustentável do Brasil. “Quando decidimos pela unidade, optamos por utilizar inovações tecnológicas que atendessem aos cuidados com o meio ambiente e entendemos que elas tornam a empresa tecnicamente viável. Esta é uma preocupação da montadora desde a década de 1950”, diz Luiz Fernando Duccini, gerente da empresa em Joinville.

 

Planos diretores

    O Brasil vive o fenômeno da desindustrialização e já não há mais como debater planos diretores sem a inclusão das áreas industriais, tampouco deixar de considerar o equilíbrio ambiental. “O nível de poluição das empresas está controlado. Minha proposta é que as áreas misturem fábricas e residências para que as pessoas possam morar perto do trabalho, reduzindo o impacto na mobilidade das cidades”, considera Norberto Sganzerla, arquiteto e urbanista.

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