47 mulheres comandam CDLs em Santa Catarina

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FCDL lembra a importância do papel da mulher no dia em homenagem à luta feminina
 
A Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC) possui 206 câmaras associadas, destas 47 são presididas por mulheres. Número ainda pequeno, mas crescente. No mês que lembra a luta feminina, algumas dessas lideranças ressaltam a importância da igualdade de gêneros, especialmente em ambientes tradicionalmente dirigidos por homens.
 
Para Elaine Vedani Piccoli, presidente da CDL de Fraiburgo, uma questão que explica a pouca participação das mulheres são as multifunções que assumem no dia a dia. “Como a maioria das mulheres tem casa e filhos, é mais cobrada e acaba não participando tanto de movimentos de classe. Vestuário é mais mulher. Quando o homem assume algo importante e precisa se ausentar por algum tempo da rotina, a mulher segura as pontas, mas se é o contrário, quando ela volta tem cobrança”, conclui Piccoli. 
 
Por outro lado, a presidente acredita que as mulheres são mais empreendedoras e mais cuidadosas por isso ela prevê que mudanças já acontecem. “Percebo que a mulher já é maioria em alguns setores como o vestuário e acredito que o cenário está mudando, caminhando para uma igualdade maior com os homens.”, finaliza Elaine Piccoli.
 
Já Cleonice Terezinha Mascarello, presidente da CDL de Catanduvas, diz que o processo foi mais natural e não enfrentou nenhum problema por ser mulher. “Abri minha loja há 30 anos e desde então sempre participei da diretoria da CDL. Adiei por um tempo a candidatura à presidência, mas após um mandato como vice, foi natural tornar-me presidente. Hoje, tenho seis mulheres me auxiliando na diretoria e temos muito trabalho pela frente”, comemora ela. 
 
8 de março
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque fizeram uma grande greve. Na ocasião, ocuparam a fábrica e reivindicaram melhores condições de trabalho, como redução na carga diária de trabalho de 16 para 10 horas, equiparação de salários com os homens (as mulheres recebiam até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
 
A manifestação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. Anos depois, em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Em 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
 

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