Os catarinenses gastaram cerca de R$ 107 nas compras de material escolar em 2015, um valor 11,5% menor do que o registrado no ano anterior. Outro item que apresentou queda foi o faturamento dos estabelecimentos comerciais neste ano – 4,6% – em comparação com o mesmo período de 2014. Estes dados estão na pesquisa de resultado de vendas no período volta às aulas, realizada pela Fecomércio SC e a FCDL/SC. Foram entrevistados 365 empresários, nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Joinville e Lages, entre os dias 23 e 24 de fevereiro.
Para o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, os resultados deste ano refletem o cenário econômico que o país vive atualmente. “Com o crescimento da renda familiar abaixo do esperado e com valores piores desde 2009, os juros altos e a baixa criação de vagas, percebe-se que os consumidores estão tendo mais cautela na hora de comprar. Isso fica evidente no perfil de compra apontado pela pesquisa, no qual 47,3% dos consumidores preferiram compras apenas o que não poderia ser reaproveitado de anos anteriores”, destaca Breithaupt. Itamar José da Silva, gestor provisório da FCDL/SC, acrescenta que o ambiente é de muita insegurança. “A expectativa é de recessão e os indicadores apontam a queda na confiança do consumidor, o que incorre em cortes no orçamento familiar, adquirindo cada vez mais apenas o essencial”, completa o gestor.
Apesar da variação negativa nas comparações dos faturamentos de 2014 e 2015, a pesquisa revela que a volta às aulas é um período importante para o início do ano, assim como as datas comemorativas. O faturamento do comércio, frente aos meses comuns do ano, cresceu 21,2% em 2015.
Gasto médio e forma de pagamento
O gasto médio estadual ficou em R$ 106, 92. A cidade que mais gastou foi Blumenau, com média de R$ 142,14. Confira os valores das outras cidades pesquisadas: Chapecó (R$ 118,10), Criciúma (R$ 116,93), Florianópolis (R$ 116,21), Itajaí (R$ 75,83), Joinville (R$ 94,92) e Lages (R$ 74,16). O pagamento à vista, em dinheiro ou cartões de débito e crédito, foi o preferido por R$ 75,4% dos consumidores.
Contratações
Entre as empresas entrevistas, 11,6% contrataram funcionários temporários para o período volta às aulas, com uma média de 0,39 funcionários por empresa. Em Criciúma, o maior índice de empresas contratando – 22,6%. A Capital, por outro lado, teve apenas 7,1% das empresas com funcionários temporários.
