Varejo contabiliza prejuízos com a paralisação dos caminhoneiros

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O protesto dos caminhoneiros em Santa Catarina completou uma semana na última quarta-feira (24) e diversos setores da economia sentem os reflexos. Segundo a Federação das CDLs do estado (FCDL/SC), o abastecimento do comércio é preocupante e algumas cidades estão sem reposição de produtos básicos, como carne e leite. Na Berlanda, maior rede de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos de Santa Catarina, as vendas caíram 30% pela ausência de estoque. “Neste momento estamos negociando somente o que temos nas lojas. Sem a reposição dos produtos esse prejuízo aumentará ainda mais.”, lamenta Emerson Ruzza Geremias, diretor comercial da rede.

 

Outro agravante ocorre no setor de entregas, já que 80% dos caminhões estão carregados e parados nos pátios à espera da liberação das rodovias. De acordo com Geremias, somente as cidades que não têm ligação com as estradas bloqueadas são abastecidas. “Estamos conseguindo dar vazão para a serra, o litoral e o sul do estado, o que corresponde a 30% do atendimento às lojas. As remessas para o Rio Grande do Sul, meio-oeste, oeste, norte, vale e alto vale estão paradas”, comenta.

 

Os consumidores da Berlanda são alertados sobre a demora na entrega. “Para os produtos que não temos nas lojas, avisamos que a entrega será realizada imediatamente após o fim dos protestos e cabe ao cliente aceitar esperar.”. Mesmo assim, a rede já recebeu ligações de alguns Procons municipais. “É importante a compreensão dos consumidores e órgãos de defesa, pois estamos de mãos atadas”, finaliza.

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