Fábrica de estofados é instalada em unidade prisional no meio-oeste de SC

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Produção é feita em galpão no pátio da Penitenciária da Região de Curitibanos, em parceria com rede Berlanda
A fábrica de estofados Catarina, com mão de obra de detentos, será inaugurada nesta terça-feira, 30/11, na Penitenciária da Região de Curitibanos, em São Cristóvão do Sul (Meio-oeste catarinense). A cerimônia ocorrerá às 14 horas, com a presença de autoridades regionais e do Governo do Estado de Santa Catarina. Numa parceria entre a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão (SSP/SC) e a rede catarinense de móveis e eletrodomésticos Berlanda, a produção iniciou em 14 de julho deste ano.
Atualmente 54 presos, dos regimes fechado e semi-fechado fazem parte do projeto, que a cada três dias de trabalho recebem um dia de redução de pena. Toda a produção é vendida nas 137 lojas do grupo Berlanda, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A iniciativa partiu do empresário Nilso Berlanda e da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Curitibanos, em 2009. “Em visita à unidade prisional, verifiquei a oportunidade de contribuir para a ressocialização dos apenados. Eles precisam de ocupação e a fabricação de estofados surgiu como possibilidade de reeducação. E o resultado é um sucesso absoluto, estamos surpresos com o bom desempenho dos detentos”, detalha o empresário.
Todo o investimento com a instalação da fábrica, com os maquinários e a compra de matéria-prima, oriunda de Santa Catarina e de outros estados, é feito pela Berlanda. “Hoje são fabricados três modelos de estofados, e já está previsto o lançamento de outras seis linhas para janeiro de 2011. Para esta época, a estimativa será de uma produção de 900 jogos ao mês, com o envolvimento de mais detentos”, calcula David Casagrande, coordenador de indústria da Catarina. De acordo com Casagrande, com esta ocupação percebe-se nitidamente o aumento da auto-estima de cada sentenciado. “A agressividade e a tensão destas pessoas diminuíram consideravelmente, pois gera a expectativa de um futuro melhor para quando retomarem ao convívio social”, garante.

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